Setembro Amarelo: mês de prevenção ao suicídio

A cada 40 segundos, uma pessoa morre por suicídio no mundo, o tempo aproximado de leitura desse texto. No que refere-se às tentativas de suicídio, o número é ainda mais assustador: uma pessoa atenta contra a própria vida a cada três segundos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que aproximadamente 1 milhão de casos de óbito por suicídio são registrados por ano em todo o mundo. No Brasil, os casos registrados chegam a 12 mil óbitos por ano. É sabido, no entanto, que esse número é bem maior devido à subnotificação, que ainda é uma realidade.

Quase 100% dos casos de óbito por suicídio estavam relacionados a transtornos mentais, em sua maioria não diagnosticados, tratados de forma inadequada ou não tratados de maneira alguma. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e do abuso de substâncias.

Para o coordenador nacional da Campanha Setembro Amarelo, Dr. Antônio Geraldo da Silva, prevenir o suicídio é falar corretamente sobre o tratamento dos transtornos psiquiátricos: “Em 2019, trabalhamos com o conceito de que combater o estigma é salvar vidas. Tendo em vista a relação entre o óbito por suicídio e a presença de transtornos psiquiátricos, não podemos ignorar esta informação. O acompanhamento correto da doença mental de base é o primeiro passo para cessar a ideação e o comportamento suicida, que desaparece por completo após o tratamento adequado e multiprofissional”.

Também presidente da Associação Psiquiátrica da América Latina-APAL, o Dr. Antônio Geraldo continua: “o suicídio é uma emergência médica e, por isso, precisa de intervenção especializada para que possa ser evitado. O papel da sociedade na campanha Setembro Amarelo é fundamental para que possamos chegar ao maior número de pessoas possível com ações efetivas de orientação sobre o risco, fatores de proteção e também na emergência do suicídio”.

Com o objetivo de prevenir e reduzir estes números a campanha Setembro Amarelo cresceu e hoje tem cobertura em todo o Brasil inteiro. Para isso, o apoio das nossas federadas, núcleos, associados e de toda a sociedade é fundamental.