Janeiro branco: os perigos da depressão na terceira idade

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O mundo está envelhecendo cada vez mais e se entristecendo também. No Brasil, segundo os dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013, publicada em 2014, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os idosos são os que mais sofrem com a depressão. Dos 11,2 milhões de adultos diagnosticados com a doença naquele ano, a faixa etária mais afetada foi a de 60 a 64 anos: 11,1% do total.

Existem diversas causas para que a depressão seja tão comum nessa fase da vida. Muitos têm dificuldades em lidar com as limitações físicas próprias da idade, o medo de envelhecer, a perda de amigos e parentes, a perda do trabalho com a chegada da aposentadoria, a aproximação com a morte, a segregação familiar, além da dificuldade em elaborar novos projetos de vida e a falta de atividades que preencham seu tempo livre.

É importante que a família esteja atenta aos sinais de alerta da doença. Num estado de depressivo, é comum o idoso deixar de lado as suas atividades cotidianas sem nenhuma causa que justifique a paralisação ou se queixar constantemente de dores pelo corpo, dificuldades físicas e incapacidade. Vale ressaltar que também existe um isolamento do convívio familiar, aparência abatida, irritação e desânimo. Caso esses sintomas apareçam e permaneçam na maior parte dos dias, é importante que a família encoraje o idoso a ir a uma consulta médica o mais breve possível.

Fazer com que o depressivo aceite a ajuda médica também é outro desafio. Para isso, o apoio da família e dos amigos têm papel fundamental no sucesso de um tratamento, assim como a permanência do idoso nele. É importante alertar que a ausência de acompanhamento médico pode levar ao suicídio, surgimento de doenças infecciosas, infartos, derrames e demência. Em função disso, ter bons tratamentos podem também reduzir os riscos de recaídas e de recorrência da doença no futuro.

Mas como prevenir a depressão? Uma das alternativas mais bem-sucedidas é a atividade física. Níveis elevados de exercício ao longo da vida, especialmente na meia-idade, podem ser importantes para ajudar as pessoas a envelhecerem de forma mais saudável e reduzirem incidentes de demência e outros distúrbios mentais comuns em uma idade mais avançada, como a própria depressão.