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Entenda melhor os rendimentos do PPSP- NR, PPSP-R e PP-2

Segundo a Petros, a diferença da rentabilidade do PPSP-R e PPSP-NR com relação à rentabilidade do PP-2 decorre das características e dinâmicas particulares dos respectivos planos, que implicam em diferentes estratégias de gestão, e da maior exposição a ativos com liquidez restrita nos PPSPs, destacadamente Fundos de Investimentos em Participações (FIPs), ativos imobiliários e participações relevantes em empresas. 

A gestão dos ativos com maior liquidez gerou cerca de R$ 8 bilhões em termos de rendimento ao longo de 2018, enquanto os de liquidez restrita levaram a uma perda de cerca de R$ 2,2 bilhões, quase a totalidade concentrada no PPSP-R e no PPSP-NR. 

“A falta de flexibilidade em decorrência da liquidez restrita reduz a possibilidade de uma gestão ativa das carteiras dos PPSPs. A carteira de renda variável dos PPSPs está alocada, majoritariamente, em ativos de longo prazo, como algumas empresas que não têm capital aberto e outras nas quais possuímos parcela relevante do capital, o que restringe a forma de atuação da gestão. São ativos que não nos permitem desinvestir a qualquer tempo. Especificamente com relação ao mandato de renda variável dos PPSPs, não fossem essas ‘heranças’ de gestões passadas, sua rentabilidade seria próxima àquela da renda variável do PP-2, uma vez que a gestão é conduzida pela mesma equipe de investimentos. Os PPSPs sofreram, e ainda sofrem, os impactos negativos decorrentes de decisões passadas, que ignoraram as características e dinâmicas dos passivos de planos maduros, engessando a composição das carteiras e comprometendo a efetividade da estratégia dos times de gestão”, destaca o presidente Daniel Lima. 

PP-2: patrimônio cresce para R$ 22,1 bilhões

O PP-2 é um plano jovem, em fase de forte acumulação de recursos. Em 2018, acumulou um patrimônio de R$ 22,1 bilhões, valor 23% maior do que no ano anterior, em função do maior retorno dos investimentos e do recebimento de contribuições superiores aos pagamentos de benefícios. O destaque do ano foi o resultado dos títulos públicos, que valorizaram 12,27%, quase o dobro do CDI (6,42%), usado como referência para a renda fixa. A renda variável também contribuiu para o bom desempenho, com alta de 9,47%, impulsionada pelos fundos de ações de mercado, que representam a maior parte desta carteira e subiram 14,01%.

Em relação às obrigações do plano, houve aumento dos recursos destinados ao Fundo Previdencial – constituído para garantia mínima de pagamentos de benefícios de risco, como auxílio-doença, pecúlio e pensão, e de aposentadorias programadas – motivado principalmente por ajustes decorrentes do recadastramento dos participantes. Na ocasião, foram atualizadas, por exemplo, informações sobre o TVP (Tempo de Vinculação à Previdência), acarretando a antecipação da idade prevista de aposentadoria, e a composição familiar do participante. Esses ajustes de aderência do PP-2 à real situação dos participantes eram o principal objetivo do recadastramento e influenciaram na redução do superávit acumulado do plano, de R$ 304 milhões, em 2017, para R$ 291 milhões, em 2018. 

PPSP-R e PPSP-NR: ativos com liquidez batem a meta

Em 2018, seguindo a estratégia de promover a gestão ativa da renda fixa para aproveitar oportunidades do mercado, os investimentos dos planos PPSP-R e PPSP-NR alocados neste segmento, que representam cerca de 60% dos ativos dos planos, registraram alta de, respectivamente, 14,88% e 14,74%, mais que o dobro dos 6,42% do CDI no período. 

Já a renda variável recuou 10,74% no PPSP-R e 10,79% no PPSP-NR, impactando fortemente o resultado dos planos. A desvalorização se deve, sobretudo, à queda da carteira de participações em empresas (-16,11% no PPSP-R e -16,16% no PPSP-NR), que representava 80% do segmento e puxou o resultado para baixo. Também pressionaram negativamente a rentabilidade dos PPSPs as reavaliações de ativos que não são negociados no mercado, levando a ajustes de precificação no fechamento do exercício. 

Fonte: Portal Petros

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