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Depressão e ansiedade: principais causas de afastamento do trabalho

Segundo o Movimento Abril Verde – mobilização criada para tratar do tema das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho -, a depressão e ansiedade são a segunda maior causa de adoecimento relacionado ao trabalho no Brasil. O movimento é do Sindicato dos Técnicos de Segurança do Estado do Paraná que tem como objetivo maior reduzir os acidentes de trabalho e os agravos à saúde do trabalhador, e mobilizar o envolvimento da sociedade para prevenir e alertar sobre os problemas que ocorrem no mundo do trabalho.

Em um ranking da Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda, no qual reuniu todos os motivos que provocam o afastamento do trabalhador da empresa, a depressão aparece na vigésima posição. Isso quer dizer que está entre os motivos que mais geram concessão de auxílio-doença acidentário, quando a pessoa é afastada da atividade por mais de 15 dias. Em 2016, 3.393 benefícios foram concedidos por causa de depressão.

O número é menor que do que o das fraturas nos punhos, mãos, pernas e tornozelos, que aparecem nas duas primeiras colocações, e também é inferior ao das dores nas costas, a terceira principal causa de afastamento no Brasil. No entanto, o tempo de afastamento por depressão e ansiedade costuma ser muito maior do que nos casos de acidentes, por ter tratamento prolongado.

Vale ressaltar que, no Brasil, existe o fato de que as organizações não se preocupam em promover ambientes de trabalho que levem em conta a saúde mental dos trabalhadores, já que a legislação do país não trata desse aspecto. Trata-se de um problema que só vem se agravando nos últimos 30 anos, já que as empresas seguem preocupadas em lucrar cada vez mais e adotam modelos de gestão que colocam, muitas vezes, metas abusivas com sistemas de avaliação individuais que estimulam a competitividade e cobram resultados o tempo todo.

No contexto do trabalho, o adoecimento mental é mais comum de ocorrer em empresas onde a comunicação é ineficaz ou inexistente; a remuneração é baixa; as tarefas são incompatíveis com a qualificação do trabalhador e ameaças de demissão, entre outras causas. Trata-se de um problema que precisa ser pensado e discutido para evitar que cada vez mais brasileiros continuem a ficar doentes e saiam para trabalhar a base de remédios.

Fontes: site Movimento Abril Verde e Previdência Total.

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