Cuidados no uso do álcool em gel

Com a pandemia do coronavírus, o uso do álcool em gel tem sido recomendado por médicos e pelo Ministério da Saúde. A medida é um complemento para assepsia das mãos e higienização de superfícies e objetos como formas de prevenção. Com a crescente procura pelo produto, cuidados devem ser tomados com o manuseio correto e a prevenção de acidentes.

O primeiro cuidado é em relação ao tipo de álcool. Há três tipos dele: saneantes, cosméticos e medicamentos. Cada um deles é produzido sob normas e registros diferentes na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Álcool Saneante: destinado à limpeza ou à desinfecção de superfícies inanimadas, como pisos, paredes, mesas, camas, macas etc. e vem escrito como desinfetante de uso geral. Pode causar alergias.

Álcool gel cosmético: produto antisséptico destinado à higienização da pele e das mãos.

Álcool gel medicamento: mesma finalidade do gel cosmético, apenas com características e exigências para produção e registro diferenciadas.

Um cuidado importante é manter o álcool gel fora do alcance de crianças e animais de estimação e deixá-lo longe de chama. Portanto, é necessário estar atento ao uso do produto, principalmente em ambientes como a cozinha, devido ao fogão, pois é uma substância inflamável, sobretudo o álcool em gel, pois ele demora a se dissipar nas mãos devido a sua consistência. O recomendado é que, após a aplicação, a pessoa espere secar completamente, e aguarde um tempo de 15 a 20 minutos, para que seja mais seguro fazer atividades que envolvam qualquer fonte de calor.

Os especialistas classificam as queimaduras em 1º, 2º e 3º grau. No caso do álcool em gel pode provocar uma queimadura que pode variar de 2º grau superficial até 2º grau profundo, e em casos raros, queimaduras de 3º grau. Uma queimadura que não só causa bolhas ou chamuscamento da pele, mas danos mais profundos, o que leva a uma cicatrização mais demorada. Por isso, o cuidado precisa ser redobrado.

Vale destacar a necessidade de evitar a compra de produtos clandestinos, por não ter comprovação quanto à sua atividade virucida e não passar por controle da qualidade em relação à determinação do teor de álcool etílico. Se não for possível comprar álcool gel de fonte segura, substitua pela higienização das mãos com água e sabão, que é tão eficiente na prevenção da COVID-19 quanto o uso do álcool gel.