Em maio, pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) anunciaram a descoberta do vírus Mayaro, no Estado do Rio. O vírus é uma espécie de ‘primo’ da chikungunya e provoca as mesmas reações nos pacientes: febres e intensas dores musculares e articulares que podem se prolongar por muitos meses. De forma semelhante ao que transmite a febre amarela, o Mayaro é um vírus que, pelo menos até agora, existia apenas em áreas silvestres amazônicas.
Transmitido principalmente pelo mosquito Haemogogus, o vírus Mayaro já é considerado endêmico na região Amazônica, mas há indícios de que pode ter se espalhado para outros locais, como o estado do Rio de Janeiro. É importante ressaltar que estudos indicam que o Aedes aegypti e mesmo o conhecido pernilongo têm potencial para transmitir esse vírus, o que pode multiplicar o número de casos pelo país. O Ministério da Saúde afirma que ainda não há episódios urbanos confirmados de febre do Mayaro.
Sintomas da febre do Mayaro
- Febre
- Dores musculares
- Dores e inchaço nas articulações, que podem persistir por meses
- Manchas vermelhas pelo corpo
- Náuseas
Há relatos de complicações graves, que envolvem problemas neurológicos, hemorragia e até morte. Contudo, esses casos são raríssimos. Na maioria das vezes, os sintomas desaparecem com o tempo.
O diagnóstico e o tratamento
Por ter sintomas parecidos com os da febre amarela, da dengue e da Chikungunya, é comum ter confusão no diagnóstico. Somente exames laboratoriais são capazes de distinguir as infecções.
Vale destacar que, para tratamento, muitas vezes o exame não se faz necessário, já que as doenças não possuem tratamento específico. Os médicos controlam os sintomas, acompanham a evolução e esperam que o próprio organismo reaja a presença do vírus Mayaro. Ao apresentar sinais suspeitos, é necessário buscar atendimento médico.