Pesquisar

Todas as notícias

Artigos

Plano de demissão voluntária da Petrobras atrai mais de 12% do efetivo

Petrobras informou que mais de 12% do efetivo de funcionários da companhia aderiram ao plano de incentivo ao desligamento voluntário (PIDV) proposto pela empresa, segundo comunicado divulgado pela estatal nesta segunda-feira. Ao todo, 8.298 empregados acertaram sua demissão. A expectativa da Petrobras é que 55% deste efetivo deixem seus postos ainda em 2014. É o primeiro plano de demissão voluntária em quase 16 anos. Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), 8.379 empregados poderiam aderir ao plano. A saída será feita de forma escalonada – em prazos entre dois e 36 meses – para “transferência de conhecimento e capacitação dos empregados mais experientes aos mais jovens”, segundo a empresa. O plano deverá gerar economia de R$ 13 bilhões entre 2014 e 2018 em estimativa conservadora, disse a empresa no comunicado. A Petrobras estimou uma provisão de R$ 2,4 bilhões no demonstrativo contábil do primeiro trimestre referente às indenizações pagas aos empregados que aderiram ao programa. O PIDV vai pagar de R$ 180 mil a um teto de R$ 600 mil aos funcionários que aceitaram a oferta da estatal. Mas o teto poderia ser ultrapassado pelos profissionais que ficarem sete meses no processo de transição previsto pelo programa. A Petrobras chegou ao fim de 2012 com mais de 85 mil funcionários. Após o anúncio do resultado do PIDV da Petrobras, a (FUP) ressaltou a necessidade de concursos públicos para suprir as saídas. Segundo Paulo César Martan, diretor da FUP, o sindicato já mostrou sua preocupação com a lacuna deixada pelos mais de 8 mil funcionários que deixarão a Patrobras. – O que vamos cobrar após o resultado do plano é a reposição do efetivo através de concurso público, sem qualquer tipo de terceirização. Pelo programa deles (da empresa), serão formados grupos que deixarão a empresa em determinados períodos (entre dois a 36 meses). Essas saídas programadas estão relacionadas ao preenchimento das vagas – explicou o diretor. O programa de desligamento voluntário faz parte do Programa de Otimização de Produtividade (POP), aprovado pela diretoria em janeiro. O objetivo é ajudar na geração de caixa da companhia para fazer frente aos investimentos necessários no desenvolvimento do pré-sal, de acordo com o seu Plano de Negócios 2013/2017. Atualmente, a empresa registra perdas com a defasagem dos combustíveis, já que o governo impede o reajuste de gasolina e diesel para não causar impactos na inflação. No PIDV, foram incluídos os empregados com 55 anos de idade ou mais. Só poderiam aderir ao programa empregados já aposentados pelo INSS que permanecem trabalhando na companhia e os que possuíam tempo e idade para se aposentar pelo INSS, mas ainda não deram entrada no requerimento da aposentadoria – estes deveriam estar aposentados até o término das inscrições, em 31 de março. Primeiro programa foi em 1998 O primeiro programa de demissão voluntária da Petrobras ocorreu em maio de 1998. Na ocasião, em meio à abertura do setor à concorrência, o plano envolvia pessoas que tinham até 20 anos de trabalho e era voltado apenas para as áreas onde havia excesso de pessoal. Em 1990, Luís Octávio da Motta Veiga, presidente da Petrobras à época, promoveu a demissão de cerca de 16 mil funcionários. Atualmente, a Petrobras tem inúmeros programas de redução de gastos. Na área operacional, a meta é gerar uma economia de R$ 32 bilhões de 2013 a 2017. Em 2013, a meta de R$ 3,9 bilhões foi superada no terceiro trimestre, quando somou economias de R$ 4,8 bilhões. A redução de custos da companhia também prevê menos despesas na perfuração de poços. A meta, nesse caso, é obter redução de US$ 1,4 bilhão entre 2013 e 2017 com a queda do tempo gasto na perfuração de poços, por exemplo. A companhia também iniciou no ano passado um forte programa de desinvestimentos. A estatal chegou ao fim de 2013 com um reforço de caixa de US$ 9,03 bilhões com a venda de ativos como as subsidiárias na África, no Peru e de blocos de petróleo no Brasil e no exterior. O número está perto da meta prevista de um total de US$ 9,9 bilhões em desinvestimentos. (Fonte: O Globo, 05/05/2014)

Leia mais »
Featured

Em defesa da Petrobras

Diante das denúncias alarmantes, relacionadas com a Petrobras, que atualmente frequentam as manchetes da imprensa . A Diretoria da AMBEP preocupada com os desdobramentos das mesmas e, cumprindo obrigação estatutária que lhe compete, vem se manifestar, peremptoriamente, no sentido de que acredita de firme propósito, que tudo será rigorosamente apurado. Temos a certeza que a Direção da Petrobras procederá apuração enérgica, sem favorecimento a quem quer que seja. Queremos a Petrobras e também a Petros livres de todas as ações que possam prejudicar as suas imagens e conceitos perante a opinião pública. Se realmente houver a comprovação de atos ilícitos, é insofismável que os culpados não ficarão impunes. Esta é a nossa convicção.

Leia mais »
Artigos

Participante/Beneficiário da patrocinadora Petrobras já pode requerer benefício via Convênio INSS-Petros

Após o rompimento do convênio INSS-Petrobras, a Petros firmou convênio diretamente com o INSS para permitir a manutenção do pagamento do benefício de aposentadoria e pensão por morte dos empregados da Petrobras, Participantes do Plano Petros do Sistema Petrobras e do Plano Petros-2, por meio da folha de pagamento da Petros, no dia 25 de cada mês. Esse convênio também possibilita que o requerimento do benefício de aposentadoria (por tempo de contribuição, idade e especial) e pensão por morte seja feito por intermédio da Petros. Como a Petros não está presente em todas as localidades em que há empregados da Petrobras, foi firmado um acordo entre a Fundação e a Companhia, para apoiar a operacionalização do convênio. Para dar entrada no benefício via convênio é necessário comparecer no Posto Avançado do Compartilhado da Petrobras mais próximo do local de trabalho ou da residência. O atendente do Posto Avançado apresentará a relação de documentos necessários para compor o processo a ser enviado à sede da Petros, no Rio de Janeiro. Flexível, o convênio também permite ao participante/beneficiário requerer o benefício diretamente no INSS – por agendamento eletrônico disponível no site da Previdência, ligando para a Central de Atendimento 135 ou comparecendo a Agência da Previdência Social mais próxima da residência. Posteriormente, poderá solicitar a transferência do benefício para o convênio INSS-Petros, por intermédio do Posto Avançado. Para mais detalhes, clique aqui e acesse o Passo a passo para participantes e beneficiários. O acompanhamento do andamento do processo poderá ser feito pelo site www.mpas.gov.br ou na Central de Atendimento Petros 0800 0253545, de segunda a sexta-feira (exceto feriados), das 8 às 19 horas. (Fonte: Petros, 25/04/2014)

Leia mais »
Notícias

Petros responde reportagem do jornal O Globo

Em respeito aos seus participantes, patrocinadores e instituidores, a Petros vem à público esclarecer a notícia veiculada pelo jornal O Globo, na edição do dia 27/4. A Fundação não reconhece o prejuízo noticiado na matéria decorrente do desequilíbrio do custeio administrativo dos planos, uma vez que as informações divulgadas partem de premissas equivocadas como mostraremos a seguir: 1. Em 1994 a Petros aprovou, no Conselho de Curadores (atual Conselho Deliberativo), a alteração do seu estatuto viabilizando a implementação do multipatrocínio a partir de 1995, em função do movimento das privatizações realizadas em empresas do Sistema Petrobras. Desta forma, anteriormente ao ano de 2002, a Fundação já contava com 9 planos e 24 patrocinadoras diferentes, incluindo empresas que não eram originárias do Sistema Petrobras. 2. A Petros adotava a gestão do fundo administrativo de acordo com a legislação e as regras empregadas à época, quando o fundo era único para todos os planos e, desta maneira, solidário e mutualista. Os recursos do fundo administrativo eram de propriedade da entidade e, portanto, poderiam ser utilizados para a cobertura integral das despesas administrativas de acordo com a execução orçamentária da Fundação, independentemente dos resultados financeiros individuais dos planos. A partir de janeiro de 2012, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) determinou que a entidade registrasse contabilmente o fundo administrativo por plano de benefício. 3. Observou-se que a transição para o novo modelo de gestão, contemplando os Planos de Gestão Administrativa segregados e visando ao equilíbrio financeiro por plano, demandaria não apenas esforços para a racionalização de custos e significativa melhoria de receitas, mas também prazos mais dilatados para sua consecução. Sendo assim, efetuamos uma série de estudos de viabilidade e simulações no sentido de corrigir ocasionais desequilíbrios financeiros, tais como: – A partir de 2011, a Petros realizou estudos de viabilidade financeira com simulações para um horizonte de vinte anos de todos os planos de benefícios em prospecção. Apenas os planos que apresentem recursos suficientes para a cobertura integral de seus gastos administrativos são aprovados e integralizados; – Os planos já administrados pela Petros passaram por medidas de adequação financeira de acordo com suas características próprias, tais como I) estudos de viabilidade contemplando aumento de receitas, II) estudos de possíveis fusões de planos e III) extinção de planos inviáveis financeiramente; – Várias iniciativas estratégicas estão em andamento para elevar a produtividade e melhorar a qualidade dos gastos da Fundação, tais como I) racionalização de custos e II) otimização de processos. De fato, de 2002 até o final de 2013 a Petros reduziu a relação despesas administrativas/receitas previdenciais de 11,9% para 6,8% e até fevereiro de 2014 a relação é de 4,75%; 4. Por fim, em 2013, com o objetivo de pactuar um plano para ajustamento das condutas a serem implementadas pela Petros, visando ao equacionamento e o equilíbrio do custeio administrativo de determinados planos de benefícios administrados pela Fundação, a Petros submeteu à Previc a proposição de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). 5. O TAC tem como função principal normatizar uma série de procedimentos junto aos patrocinadores e instituidores, com a finalidade de tornar os planos autossustentáveis. Independentemente da assinatura do TAC junto à Previc, a Petros vem tomando todas as medidas constantes neste termo, no sentido de equilibrar o custeio administrativo dos planos deficitários administrativamente. 6. Importante ressaltar que as medidas aqui citadas foram encaminhadas ao Conselho Deliberativo, sendo o assunto amplamente debatido e aprovado pelo órgão; 7. Cabe esclarecer, ainda, que apesar do Conselho Fiscal recomendar a reprovação das contas da Petros sistematicamente todos os anos alegando motivos distintos, as demonstrações contábeis relativas aos exercícios passados foram consideradas adequadas por diversas auditorias externas em todos os seus aspectos relevantes – posição patrimonial e financeira consolidada e individual por plano de benefícios. As demonstrações contábeis também foram aprovadas pelo Conselho Deliberativo e submetidas à Previc. 8. Mais uma vez ressaltamos o respeito da Petros com os seus participantes, patrocinadores e instituidores bem como o seu compromisso permanente em cumprir a legislação vigente. (Fonte: Portal da Petros, publicada em 28/04/14)

Leia mais »
Artigos

Fundo Petros registrou déficit de R$ 7 bilhões em 2013

Resultado foi pressionado especialmente pela elevação da taxa de juros e pela queda da bolsa de valores O fundo de pensão dos funcionários da Petrobras (Petros) registrou um déficit de 7 bilhões de reais no ano passado, de acordo com o presidente do Conselho Fiscal, Epaminondas de Souza Mendes. As perdas estão diretamente relacionadas à alta das taxas de juros e à queda da bolsa de valores, além das aplicações em títulos de crédito que não foram pagos pelos devedores. O déficit total divulgado referente ao ano de 2013, entretanto, foi de 2,8 bilhões de dólares. A diferença se deve a um acordo com a Petrobras, que há alguns anos aumentou a contribuição para aposentados de um dos planos do fundo chamado Pré70. “Se dependesse só do mercado e dos investimentos feitos pelo fundo o déficit seria de 7 bilhões de reais”, disse Mendes. ] O resultado negativo significa, na prática, que o fundo não alcançou sua meta de rendimento para o ano, que no jargão do setor é chamada de “meta atuarial”. Os fundos de pensão devem apresentar um retorno anual correspondente à inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo mais 6% (IPCA + 6%). O Petros rendeu no ano passado IPCA mais 5,5%. Sem a contribuição da Petrobras, o rendimento seria inflação mais um valor abaixo de 5%. Mercado – As condições de mercado também influenciaram o fundo pela grande exposição dos títulos de renda fixa. Em 2012, a exposição à renda fixa era de quase 50%. Os números de 2013 ainda não foram divulgados. Boa parte desses títulos foi comprada durante os anos de juros baixos no Brasil, quando a taxa básica, a Selic, chegou a ser de 7% ao ano. Do ano passado para cá, entretanto, os juros chegaram a 11% e, com isso, os títulos antigos, que ofereciam rendimentos mais baixos, perderam valor no mercado. Outro ponto de perdas foi o resultado da bolsa de valores brasileira, cujo principal índice, o Ibovespa, caiu 15% em 2013. O Petros tem ações que perderam bastante valor no ano passado, como a empresa de telefonia Oi, que estava bastante endividada, e a petroleira Lupatech, na qual o fundo aportou 300 milhões de reais. Em crise, a Lupatech entrou com pedido de recuperação judicial em fevereiro. Além disso, foram comprados nos últimos anos títulos de crédito que tiveram alto nível de inadimplência em 2013. Alguns deles, ligados ao banco BVA, que está em liquidação financeira, fizeram com que as provisões do fundo para perdas dobrassem de um ano para o outro, chegando a 500 milhões de reais. Prejuízo A preocupação do Conselho Fiscal é de que o fundo registre déficit por três anos consecutivos. Se isso ocorrer, a lei obriga o fundo a resolver a situação. Na prática, significa prejuízo direto no bolso dos cerca de 60 mil participantes. Três são as opções previstas em lei, segundo um ex-dirigente de um dos maiores fundos do país: os participantes e o patrocinador (no caso, empresas como Petrobras e Braskem) precisam pagar mais pelas contribuições, os benefícios são reduzidos ou uma combinação das duas. “O cenário de juros no País não está dos mais favoráveis para o Petros evitar déficit neste ano”, disse o executivo. Segundo Mendes, o Conselho Fiscal já vem recomendando que o Petros deixe de investir em fundos de direito de crédito e também reduza aportes estruturados (investimentos que se faz via fundos de participação e fundos imobiliários). Um dos investimentos que mais preocupam é a participação na Usina Hidrelétrica de Belo Monte, de cerca de 600 milhões de reais. Até o ano passado, desse total, o Petros já tinha desembolsado 300 milhões de reais. “O retorno de Belo Monte deveria acontecer já a partir de 2015, mas não estamos certos de que isso vai acontecer”, afirmou ele. Contas reprovadas O Conselho Fiscal reprovou as contas do fundo também por entender que faltam esclarecimentos a alguns gastos e contabilidade, para os quais foram solicitadas auditorias externas, mas a diretoria do Petros não fez tais contratações. Uma das dúvidas é em relação à retirada de recursos de alguns planos a título de gastos administrativos. Esses gastos eram em princípio de 200 milhões de reais, mas cresceram para 500 milhões de reais. O outro ponto é em relação à contabilidade do plano Pré70, que foi alterada em 2012, mas não há explicações nas notas do balanço do fundo. O Petros disse na segunda-feira, em resposta ao jornal O Globo, sobre a questão do custeio, que, “apesar de o Conselho Fiscal recomendar a reprovação das contas da Petros todos os anos alegando motivos distintos, as demonstrações contábeis relativas aos exercícios passados foram consideradas adequadas por diversas auditorias externas”. Em relação aos questionamentos feitos pelo jornal O Estado de S. Paulo, o fundo disse que diante do prazo exíguo não teve tempo hábil para elaborar as respostas. (Com Estadão Conteúdo, 29/4/2014)

Leia mais »
Notícias

Fundação assumiu novos planos prejudiciais aos seus participantes

RIO – Os problemas da Petros com planos de outras categorias têm origem no início do governo Lula, em 2003, quando a então Secretaria de Previdência Complementar (SPC), antecessora da Previc, tentou estimular a popularização da previdência privada entre os trabalhadores. Alterações na regulação do setor abriram a possibilidade de empresas, sindicatos e associações de classe criarem planos para suas categorias aderindo a um fundo de pensão já existente, em vez de criar uma nova entidade. Entre as grandes fundações, a Petros foi a que mais aceitou adesões desse tipo, virando o maior fundo multipatrocinado do país, com mais de 40 planos de previdência. O problema é que pouca gente se interessou pelos planos. O EsportePrev, por exemplo, criado para atletas, tinha em 2012 apenas dois participantes. Com isso, as despesas administrativas dos fundos com poucos contribuintes recaíram sobre os dois principais fundos da Petros, os dos funcionários da Petrobras. O tema é tão sensível que acabou, pela primeira vez, unindo conselheiros indicados e eleitos no conselho fiscal. No entanto, isso não significou uma nova correlação de forças no fundo. Desde o início do governo Lula, em 2003, a Petros é controlada por sindicalistas ligados à FUP e ao PT de São Paulo. O atual presidente do conselho deliberativo da Petros é Diego Hernandes, ex-dirigente da FUP que foi chefe de gabinete de José Eduardo Dutra quando ele assumiu a presidência da Petrobras em 2003 e gerente executivo de Recursos Humanos na gestão de José Sérgio Gabrielli. Atualmente, ele ocupa um cargo de gerência na área de serviços compartilhados da diretoria corporativa, que é dirigida por Dutra. Hernandes foi indicado pela Petrobras para a presidência do conselho deliberativo da Petros em 2011, assim como Nilton de Almeida Maia e Marcos Antonio Menezes, que são, respectivamente, gerentes do jurídico e da contabilidade da estatal. O antecessor de Hernandes no conselho era Wilson Santarosa, ex-dirigente da FUP de São Paulo que também tem cargo de gerência na Petrobras. Como o conselheiro eleito pelos funcionários que integra a FUP passou a votar com os indicados pela Petrobras, os outros dois conselheiros eleitos, Silvio Sinedino, presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet), e o aposentado Paulo Teixeira Brandão, são sempre voto vencido. Na mesma reunião em que não conseguiram evitar a aprovação das contas, os dois também foram derrotados no aval do conselho à nova diretoria executiva da Petros. Carlos Fernando Costa, que era diretor de investimentos, virou diretor-presidente em fevereiro. Ele substituiu Luís Carlos Fernandes Afonso, ex-secretário de finanças da prefeitura paulistana na gestão de Marta Suplicy, que pediu demissão. Costa já teve vários cargos na área de finanças e arrecadação em prefeituras petistas como as de Santo André e São Paulo. Até o início do ano, ele era o diretor de investimentos da Petros. Para essa posição, o conselho deliberativo escolheu Newton Carneiro da Cunha, outro petroleiro ex-dirigente da FUP de São Paulo que foi secretário geral e diretor administrativo da Petros nos últimos dez anos. Investimentos controversos da Petros preocupam empregados da Petrobras O parecer do conselho fiscal da Petros que recomendou a rejeição das contas de 2013 também cita o déficit operacional de R$ 2,8 bilhões acumulado em 2013 no Plano Petros Sistema Petrobras, o principal da entidade, que é de contribuição definida. Num blog que mantêm na internet, os conselheiros eleitos admitem que o resultado está ligado à má fase da bolsa de valores e aos baixos rendimentos de investimentos variáveis que afetaram todos os fundos de previdência complementar no ano passado, mas apontam várias aplicações controversas recentes da Petros que prejudicam a rentabilidade. Entre eles, estão debêntures da Universidade Gama Filho, descredenciada pelo MEC e atolada em dívidas; títulos dos bancos BVA, Panamericano e Cruzeiro do Sul, que quebraram no ano passado; e ações da Lupatech, empresa de equipamentos que o governo queria transformar em grande fornecedora da indústria de petróleo e que acabou em recuperação judicial. A Petros é o segundo maior fundo de pensão do país, com um patrimônio de mais de R$ 60 bilhões em investimentos. É sócio de grandes empresas, empreendimentos de infraestrutura e um dos maiores detentores de títulos do Tesouro. — Todos os governos infelizmente utilizam os fundos de pensão de estatais para fomentar negócios de seus interesses. Foi assim nos governos Sarney, Collor, Itamar, FHC e Lula. É assim no de Dilma. Os negócios propostos não serão necessariamente ruins para os participantes, mas a utilização política é sempre preocupante — diz Ronaldo Tedesco, conselheiro fiscal eleito. Nos documentos enviados à Previc, os conselheiros também levantam dúvidas sobre a qualificação da consultoria BDO, contratada pela Petros para fazer a auditoria externa de suas contas. A consultoria é a mesma contratada pela Petrobras para assessorá-la na aquisição da refinaria de Pasadena, que se revelou um péssimo negócio para a estatal. Os conselheiros argumentam que a BDO não é uma das quatro grandes consultorias de experiência reconhecida usadas pelos maiores fundos do país. — Essa questão política prejudica a correlação de forças. Como a FUP é ligada ao PT, o conselheiro que deveria votar com os funcionários vota com a Petrobras, que na prática tem 4 votos contra dois — diz Julio da Conceição, presidente da Associação de Mantenedores-Beneficiários da Petros (AMBEP). O conselheiro eleito ligado à FUP negou que vote sempre com os indicados da Petrobras no conselho deliberativo. — Os outros é que votam sistematicamente contra. Votei a favor das contas com ressalvas. A Petros está num momento de ajuste das taxas dos fundos. Não é possível saber quanto saiu dos planos principais para os deficitários. O fundo administrativo era único. É um valor muito baixo para um patrimônio de 60 bilhões — disse Paulo Cezar Martin. O coordenador-geral da FUP, João Moraes, disse que a entidade é independente da Petrobras e lembrou que liderou uma greve dos petroleiros no ano passado. Procurada pelo Globo, a Petros não se manifestou. A Previc informou que está impedida de se pronunciar sobre planos ou entidades específicas. (Fonte: O Globo, autoria Alexandre Rodrigues

Leia mais »
Notícias

A crise no fundo de pensão da Petros

RIO – Enquanto a ingerência política mergulha a Petrobras numa das maiores crises de sua História, o fundo de pensão dos funcionários da estatal, a Fundação Petros, vive dias turbulentos pelos mesmos motivos. Pela primeira vez em dez anos, as contas da entidade foram rejeitadas por unanimidade por seu conselho fiscal. Nem mesmo os dois conselheiros indicados pela Petrobras no colegiado de quatro cadeiras recomendaram a aprovação das demonstrações financeiras de 2013, que apontaram um déficit operacional de R$ 2,8 bilhões no principal plano de benefícios dos funcionários da estatal e um rombo que pode chegar a R$ 500 milhões com despesas de administração de planos de outras categorias. Mesmo assim, as contas foram aprovadas no órgão superior da entidade, o conselho deliberativo, abrindo uma crise interna no fundo. Um grupo de conselheiros eleitos descontentes resolveu recorrer à Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), órgão que fiscaliza fundos de pensão, para denunciar a direção da Petros, controlada por sindicalistas ligados ao PT desde 2003. Os resultados dos investimentos da fundação têm recebido pareceres contrários do conselho fiscal há dez anos, mas apenas com o voto dos conselheiros eleitos pelos funcionários. No entanto, as contas sempre foram aprovadas pelo conselho deliberativo, órgão superior, no qual a Petrobras, patrocinadora do fundo, indica o presidente, tendo direito a voto de desempate. A estatal, no entanto, nem tem precisado usar esse recurso. O conselho deliberativo tem seis integrantes, três eleitos pelos funcionários e três indicados pela Petrobras. Um dos eleitos pelos empregados, Paulo Cezar Chamadoiro Martin, passou a votar com os conselheiros da Petrobras, aprovando decisões por maioria simples. Foi o que aconteceu no último dia 31 de março, quando o conselho deliberativo ignorou o parecer unânime do conselho fiscal e aprovou as contas da Petros sem sequer mencioná-lo. Martin é dirigente da Federação Única dos Petroleiros (FUP), entidade ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), braço sindical do PT. Sindicalistas ocupam cargos de confiança na Petrobras, que tem obtido apoio da FUP na Petros. Os conselheiros vencidos, um suplente e dois conselheiros fiscais também eleitos pelos funcionários foram a Brasília entregar à Previc duas denúncias e duas consultas pedindo maior rigor na fiscalização das contas do fundo. Nos documentos, obtidos pelo Globo, eles apontam que o principal motivo da reprovação das contas da Petros pelo conselho fiscal foi o fato de a maioria dos quase 40 planos de outras categorias que passaram a ser geridos pela fundação durante o governo Lula ser deficitária: não geram recursos suficientes para pagar os custos de administração. Esses custos estão saindo do mesmo fundo de administração dos dois planos originais da Petros, que terão de pagar a aposentadoria de 75 mil funcionários da Petrobras e suas subsidiárias. O cálculo dos conselheiros, baseado em dados que atribuem à própria Petros, é que, em cinco anos, os dois planos perderam pelo menos R$ 200 milhões. Esse montante, alegam, pode chegar a R$ 500 milhões, se for corrigido. (Fonte: O Globo, autoria Alexandre Rodrigues, 27/04/2014)

Leia mais »

Justiça lenta: ‘Não é uma questão de defesa, para protelar mesmo’, diz presidente da AMB

Juiz João Ricardo dos Santos Costa critica empresas por uso de recursos como forma de atrasar punições BRASÍLIA — Para o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), o juiz gaúcho João Ricardo dos Santos Costa, é natural que as varas mais congestionadas do país sejam as fiscais — aquelas responsáveis pela cobrança de dívidas. A seu ver, isso passa pela forma como algumas empresas do país usam o Judiciário: elas pagam advogados para produzirem recursos e, assim, adiarem a aplicação das penas. Para Costa, a demora faz a Justiça parecer menos democrática. – Segundo o Conselho Nacional de Justiça, a Vara de Execuções Fiscais de SP tem 1,55 milhão de processos. É papel do Judiciário cobrar dívidas? Defendemos a desjudicialização da execução fiscal. Ficaria para o Judiciário a defesa do cidadão. Quando ele não concorda com a dívida, vai ao Judiciário. É claro que, se não querem pagar, vão entrar na Justiça para trancar a dívida. Isso é da cultura. A solução era não ter tanto recurso. A pessoa entraria com a ação, teria direito a um recurso e pronto. – O poder público não poderia fazer mais acordos? A prefeitura tem limitações para fazer acordo nessa área por conta da legislação. Os Tribunais de Contas fiscalizam. Município de interior não tem advogado. O prefeito fica vulnerável e pode ter seu mandato cassado. Então eles têm medo e jogam para o Judiciário. Se não cobram a dívida, o Tribunal de Contas cobra deles. – A vara menos congestionada é a criminal de Florianópolis. O que explica isso? Há uma atuação menos incisiva da defesa, porque é só pobre, na verdade. E as varas fiscais têm processos de empresas grandes, com mais recursos para defesa. As telefônicas e os bancos, que são grandes demandantes, têm contratado os escritórios de advocacia por peça processual, em vez de por um valor mensal. Logo, quanto mais peticionarem, mais ganham. Isso já demonstra as intenções na utilização do Judiciário. Não é uma questão de defesa, é para protelar mesmo. – A punição a réus que protelam a conclusão de processos é tímida no Brasil? Não temos mecanismos eficazes para isso. A litigância sai muito barata. Vale a pena. Uma telefônica, que tem milhões de processos no Judiciário, ainda está no lucro se for condenada em meia dúzia deles. O CNJ poderia auditar os processos dos grandes demandantes para informar aos juízes das práticas protelatórias. Eu tenho pregado que a função principal do CNJ é informar o Poder Judiciário do macro. O juiz está focado no individual. Mas, se o juiz sabe que a prática é uma política do demandante, ele pega o processo isolado e vê que o mesmo acontece ali, ele pode punir a litigância de má-fé baseado na informação global. – Mas a realidade é bem diferente… Sim, mas a litigiosidade mudou. O efeito da tecnologia nas relações de consumo bate nas instituições públicas de maneira brutal. Elas têm que se preparar para isso. Assim como as companhias atuam de forma sistêmica e com visão global de mercado, o Judiciário tem que ter visão global de suas decisões. – O acesso ao Judiciário é democrático? Hoje, qualquer um tem acesso ao Judiciário, em teoria, com as defensorias públicas. Mas qual o resultado disso? O Judiciário está entupido. Equivale a não ir. Se você vai lá e não tem uma sentença, não tem seu direito garantido em uma sentença definitiva, você não tem acesso. – Acha que o congestionamento tende a diminuir? Não. O atual Código do Processo Civil peca por não racionalizar o processo, não reduzir o número de recursos possíveis. Continuam os quatro graus (primeira instância, tribunais estaduais, tribunais superiores e Supremo Tribunal Federal), o que é um fato atípico em relação a outros sistemas judiciais. – Qual seria o ideal? A AMB apresentou proposta na reforma do Código do Processo Civil para transformar os quatro graus em dois. Isso seria ótimo, porque daria efetividade ao Judiciário. Só iria para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e para o STF questões de uniformização nacional ou questões constitucionais. (Fonte: AMB/Divulgação: Renata Brandão)

Leia mais »
Artigos

Internet: Marco Civil passa valer em todo país

A Lei que regulamenta o uso da internet no Brasil, o chamado Marco Civil da Internet, foi sancionada pela presidenta Dilma Rousseff, nesta quarta-feira (23/4). A norma foi analisada pelos deputados federais por mais de dois anos e por menos de um mês no Senado. O Marco Civil da Internet garante a liberdade de expressão, direitos e deveres para usuários e provedores da rede mundial de computadores em todo território nacional. Com a Lei, o usuário passa a ter direito ao livre acesso a internet, independentemente, do plano contratado pelo internauta. As empresas não vão poder cobrar a mais por serviços como downloads de músicas e vídeos. O provedor vai ser obrigado garantir o sigilo sobre informações pessoais dos usuários e excluí-las de todos os bancos de dados quando o internauta encerrar a conta. Além disso, o Marco Civil prevê ainda, que o usuário passe a ser responsável por todo o conteúdo que postar na internet. O internauta vai poder ser processado judicialmente por mensagens, comentários e por publicações de vídeos que agridem outras pessoas nas redes sociais como o Facebook e o Twitter. O texto da Lei foi aprovado pelos deputados Federais e seguiu para análise dos senadores, no dia 25 de março. No Senado, os parlamentares da base aliada do Governo bloquearam as emendas sugeridas pela oposição. É que se, o texto tivesse sido alterado teria que retornar para a Câmara dos Deputados, o que atrasaria a sanção da Lei, ainda mais. O pedido da aprovação da Lei sem emendas foi feito pela presidenta Dilma Rousseff que esperava aprovar a medida antes do início da conferência internacional sobre governança na internet, esta semana, em São Paulo. (Fonte: agenciadoradio.com.br, reportagem: Cristiano Carlos, 23/4/2014)

Leia mais »
Notícias

Justiça lenta: ‘Não é uma questão de defesa, para protelar mesmo’, diz presidente da AMB

Juiz João Ricardo dos Santos Costa critica empresas por uso de recursos como forma de atrasar punições BRASÍLIA — Para o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), o juiz gaúcho João Ricardo dos Santos Costa, é natural que as varas mais congestionadas do país sejam as fiscais — aquelas responsáveis pela cobrança de dívidas. A seu ver, isso passa pela forma como algumas empresas do país usam o Judiciário: elas pagam advogados para produzirem recursos e, assim, adiarem a aplicação das penas. Para Costa, a demora faz a Justiça parecer menos democrática. – Segundo o Conselho Nacional de Justiça, a Vara de Execuções Fiscais de SP tem 1,55 milhão de processos. É papel do Judiciário cobrar dívidas? Defendemos a desjudicialização da execução fiscal. Ficaria para o Judiciário a defesa do cidadão. Quando ele não concorda com a dívida, vai ao Judiciário. É claro que, se não querem pagar, vão entrar na Justiça para trancar a dívida. Isso é da cultura. A solução era não ter tanto recurso. A pessoa entraria com a ação, teria direito a um recurso e pronto. – O poder público não poderia fazer mais acordos? A prefeitura tem limitações para fazer acordo nessa área por conta da legislação. Os Tribunais de Contas fiscalizam. Município de interior não tem advogado. O prefeito fica vulnerável e pode ter seu mandato cassado. Então eles têm medo e jogam para o Judiciário. Se não cobram a dívida, o Tribunal de Contas cobra deles. – A vara menos congestionada é a criminal de Florianópolis. O que explica isso? Há uma atuação menos incisiva da defesa, porque é só pobre, na verdade. E as varas fiscais têm processos de empresas grandes, com mais recursos para defesa. As telefônicas e os bancos, que são grandes demandantes, têm contratado os escritórios de advocacia por peça processual, em vez de por um valor mensal. Logo, quanto mais peticionarem, mais ganham. Isso já demonstra as intenções na utilização do Judiciário. Não é uma questão de defesa, é para protelar mesmo. – A punição a réus que protelam a conclusão de processos é tímida no Brasil? Não temos mecanismos eficazes para isso. A litigância sai muito barata. Vale a pena. Uma telefônica, que tem milhões de processos no Judiciário, ainda está no lucro se for condenada em meia dúzia deles. O CNJ poderia auditar os processos dos grandes demandantes para informar aos juízes das práticas protelatórias. Eu tenho pregado que a função principal do CNJ é informar o Poder Judiciário do macro. O juiz está focado no individual. Mas, se o juiz sabe que a prática é uma política do demandante, ele pega o processo isolado e vê que o mesmo acontece ali, ele pode punir a litigância de má-fé baseado na informação global. – Mas a realidade é bem diferente… Sim, mas a litigiosidade mudou. O efeito da tecnologia nas relações de consumo bate nas instituições públicas de maneira brutal. Elas têm que se preparar para isso. Assim como as companhias atuam de forma sistêmica e com visão global de mercado, o Judiciário tem que ter visão global de suas decisões. – O acesso ao Judiciário é democrático? Hoje, qualquer um tem acesso ao Judiciário, em teoria, com as defensorias públicas. Mas qual o resultado disso? O Judiciário está entupido. Equivale a não ir. Se você vai lá e não tem uma sentença, não tem seu direito garantido em uma sentença definitiva, você não tem acesso. – Acha que o congestionamento tende a diminuir? Não. O atual Código do Processo Civil peca por não racionalizar o processo, não reduzir o número de recursos possíveis. Continuam os quatro graus (primeira instância, tribunais estaduais, tribunais superiores e Supremo Tribunal Federal), o que é um fato atípico em relação a outros sistemas judiciais. – Qual seria o ideal? A AMB apresentou proposta na reforma do Código do Processo Civil para transformar os quatro graus em dois. Isso seria ótimo, porque daria efetividade ao Judiciário. Só iria para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e para o STF questões de uniformização nacional ou questões constitucionais. (Fonte: AMB/Divulgação: Renata Brandão)

Leia mais »
Artigos

Petros deve elevar investimento em infraestrutura

O objetivo é melhorar a rentabilidade, que em 2013 foi afetada pela redução da taxa de juros. Dinheiro: o fundo tem R$ 67 bilhões em patrimônio para investimentos, sendo que cerca de 40% está em renda fixa Rio – O diretor de Investimentos da Petros, Newton Carneiro da Cunha, afirmou nesta terça-feira, 15, que pretende no próximo ano reduzir o porcentual de investimentos do fundo de pensão em renda fixa e aumentar em infraestrutura (portos, aeroportos e rodovias) e em participações em empresas, diretamente ou por ações. O objetivo é melhorar a rentabilidade, que em 2013 foi afetada pela redução da taxa de juros. A proposta será levada ao conselho, para começar a valer em 2015. A política de investimentos deste ano já foi determinada em 2013. Atualmente, o fundo tem participação na Invepar, com operação no aeroporto de Guarulhos e na rodovia BR-040. “Tem outras concessões que estamos vendo e se formos procurados podemos entrar.” O fundo tem R$ 67 bilhões em patrimônio para investimentos, sendo que cerca de 40% está em renda fixa. Em 2013, o retorno de investimentos do fundo foi de -0,19%. “O retorno em 2013 foi muito ruim. Temos um grande porcentual em renda fixa e isso fez com que o nosso retorno ficasse bem abaixo do esperado (no ano passado). A mudança da nossa política só consigo fazer para o ano que vem. Vamos discutir esse ano o que vai valer para 2015”, disse no Congresso Abvcap, no Rio. Apesar disso, ele afirma que ainda neste ano já é possível aumentar “um pouco” os investimentos em “private equity”, por ter um espaço de manobra dos investimentos. Ele explica que o fundo tem dois planos de funcionários da Petrobras, sendo um mais antigo e fechado para novas adesões, em que precisa ser mais conservador, e outro, o Plano Petros 2, dos novos funcionários. “(Nesse segundo) é possível fazer investimentos de mais longo prazo com retornos melhores”. Os retornos de private equity, segundo ele, são bem melhores. “Você está apostando em empresas em que, se fizer uma boa escolha, os retornos são bem melhores. A tendência é essa, de baixar a taxa de juros. Não podemos ficar presos a renda fixa.” Em alguns planos, a renda fixa será mantida. “Não dá para, como no passado, ficar apostando só em renda fixa”, disse. Outro mercado que o fundo está avaliando é o externo. “Estamos engatinhando nessa questão. Estou analisando para fazermos investimentos em fundos no exterior. Até pouco tempo os fundos de pensão não podiam fazer esses investimentos, hoje a lei permite com um limite.” Cunha deixou a diretoria Administrativa Financeira e assumiu a de Investimentos em março deste ano. (Fonte: Estadão, autoria: Mariana Sallowicz,15/4/2014)

Leia mais »
Artigos

INSS alerta para novo golpe do recadastro

Praticamente uma semana após a divulgação da denúncia sobre fraude no consignado, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) faz um alerta sobre mais um golpe na praça. A desculpa seria o recadastramento de dados, que deveria ser feito mediante o pagamento de uma tarifa. O INSS já vinha investigando o caso, quando foi procurado por um pensionista de Santo André, na Grande São Paulo. Ele recebeu uma carta em casa, contendo os seus dados e cobrando uma taxa de R$ 517,15. Por sorte, o segurado desconfiou da medida, procurou uma agência da Previdência e foi informado que quase caiu em um golpe. Mas, correspondências semelhantes a essa também estão sendo enviadas no Rio de Janeiro. O INSS não soube precisar quantas cartas foram postadas, nem quantas reclamações foram registradas. “Os aposentados têm de ficar atentos, porque o INSS não envia cartas com cobranças para ninguém”, diz o diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, Paulo Zanetti. Aliás, essa é uma grande dica para evitar ser vítima de fraude, diz o advogado Cleiton Leal Dias Júnior. “O INSS não cobra taxas para prestar serviços. Essa é uma regra de proteção. Se alguém receber cobrança, esqueça: é golpe”. Como funciona Dessa vez, os impostores enviam para a casa das pessoas um boleto com uma suposta taxa administrativa. E ameaçam o segurado com a suspensão do benefício, em caso de não pagamento da fatura. Tanto a ameaça quanto o documento são falsos. A carta tinha como remetente a Empresa de Processamento de Dados da Previdência (Dataprev), órgão responsável pelo gerenciamento dos dados da entidade. “Os criminosos usam os símbolos oficiais para tentar dar veracidade à medida. E erros de português são comuns nesses casos. É outro indício de golpe, porque o Governo não escreveria errado”, acrescenta Cleiton. O falso documento ainda tinha informações do extrato do pensionista. Nele, havia dados como número do benefício, data de nascimento, nome, CPF e o banco no qual o segurado recebe o benefício. Isso trouxe ainda mais preocupações, pois mostra que os estelionatários tiveram acesso às informações do segurado. “Como eles têm os dados certinhos do segurado? O sistema é falho e alguém está permitindo a saída dessas coisas”, reclama Paulo Zanetti, do Sindicato Nacional dos Aposentados. Apuração O INSS informou que o setor de inteligência da autarquia investiga o caso. Já a Dataprev esclarece que não envia pedidos de atualização de dados, nem cartas ou e-mail para segurados. Mas não responde a respeito das reclamações de vazamento de dados do seu sistema. Clique aqui e veja a fraude (Fonte: A Tribuna, Santos [SP], autoria: Rosana Rife , 16/4/2014)

Leia mais »
Pular para o conteúdo