
Bancários recusam proposta e começam greve a partir desta terça-feira
Os bancários recusaram a proposta de reajuste salarial apresentada pelos bancos e devem entrar em greve, por tempo indeterminado, a partir desta terça-feira (30). A greve já tinha sido aprovada na quinta-feira (25) e foi confirmada nesta segunda-feira (29) em assembleia do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região. Outros Estados e regiões também realizam assembleias para definir a adesão. No sábado (27), a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) aumentou sua oferta, e propôs reajuste de 7,35% para salários e demais verbas, sendo 0,94% de aumento real, descontando a inflação. Para os pisos, a proposta foi de reajuste de 8%, sendo 1,55% acima da inflação. A proposta foi considerada insuficiente pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Os trabalhadores pedem aumento de 12,5%. “Cinco dos maiores bancos que compõem a mesa de negociação (BB, Caixa, Bradesco, Itaú e Santander) viram seu lucro crescer 16,5%, mas oferecem menos de 1% de aumento real para seus trabalhadores. Não dá pra aceitar: queremos aumento real maior para salários, piso, PLR, vales e auxílios”, disse a presidente do sindicato de São Paulo, Osasco e região, Juvandia Moreira. Por outro lado, a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) afirmou que “a proposta apresentada viabiliza uma negociação célere para o fechamento de um acordo”, segundo comentário do diretor de relações do trabalho da entidade, Magnus Ribas Apostólico, em comunicado divulgado nesta sexta-feira. Os trabalhadores do setor promoveram uma greve de 23 dias no ano passado, que foi encerrada após os bancos oferecerem reajuste de 8%, com ganho real de 1,82%. As principais reivindicações dos bancários • Reajuste salarial de 12,5% • Piso salarial de R$ 2.979,25 • Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários, mais parcela adicional de R$ 6.247 • 14º salário • Vale-alimentação, vale-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: de R$ 724 ao mês cada • Vale-cultura de R$ 112,50 para todos • Fim das metas abusivas • Combate ao assédio moral • Manutenção dos planos de saúde na aposentadoria • Plano de cargos, carreiras e salários (PCCS) para todos os bancários • Auxílio-educação, com pagamento de graduação e pós-graduação • Prevenção contra assaltos e sequestros Fonte: Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT) Principais pontos da proposta feita pelos bancos • Reajuste de 7,35% (0,94% de aumento real) • Piso escritório (após 90 dias) de R$ 1.779,97, com reajuste de 1,55% acima da inflação • PLR de 90% do salário, mais R$ 1.818,51, limitado a R$ 9.755,42 Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 21.461,91. PLR parcela adicional de 2,2% do lucro líquido, dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.637,02. • Auxílio-refeição de R$ 24,88 • Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta de R$ 426,60 • Auxílio-creche/babá de R$ 355,02 (para filhos de até 71 meses) e R$ 303,70 (até 83 meses) • Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto de R$ 121.468,95 Fonte: Federação Nacional de Bancos (Fenaban) (Fonte: UOL, em São Paulo, 29/09/2014)