Muitas pessoas tem que tomar pelo menos um remédio todos os dias. Este medicamento acaba fazendo parte da rotina diária e passa a ser incorporado como um hábito corriqueiro, para o qual não se dá maior importância. É o caso de algumas mulheres que tomam sua pílula anticoncepcional, por exemplo, ou de quem toma frequentemente um antiácido para um desconforto estomacal ou um tranquilizante para diminuir o estresse diário.
De repente estas pessoas ficam doentes e vão ao médico. Saem com a receita de outro medicamento. Só que simplesmente esqueceram de alertar ao médico que já estão em uso de determinado remédio todos os dias. Pronto! Pode acontecer o que chamamos de interação medicamentosa. Isso significa que um medicamento pode diminuir a eficácia do outro ou, ao contrário, potencializar seus efeitos.
Isso é muito importante, principalmente para a população mais idosa, que rotineiramente faz uso de pelo menos um tipo de medicamento.
Deve-se ter especial atenção antes de tomar álcool. Exatamente porque o álcool pode interferir na metabolização de vários medicamentos. Por isso, a ingestão de álcool é contraindicada concomitantemente ao uso de antibióticos, analgésicos, tranquilizantes, anticonvulsivantes e antialérgicos.
As possibilidades de interação são extensas. Antiácidos, por exemplo, podem interferir na absorção de alguns antibióticos que, por sua vez, tem seus níveis mais baixos se ingeridos junto com outros tantos medicamentos. A lista é grande.
O melhor a fazer, portanto, é avisar ao médico quais são os medicamentos que se está tomando, antes de receber a prescrição de outro. Pergunte ao seu médico tudo o que julgar necessário. Não saia da consulta com dúvidas.
Ter uma prescrição correta é apenas uma parte do tratamento. Seu corpo precisa da garantia de um ambiente harmônico internamente para que tudo possa fluir sem interações indesejáveis.