Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, organiza nacionalmente o Setembro Amarelo®. O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha acontece durante todo o ano.
No Brasil, são registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos e mais de um milhão no mundo. É uma triste realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.
O reconhecimento dos fatores de risco e sinais de alerta é fundamental para auxiliar na prevenção e salvar vidas. Conheça alguns deles:
Transtornos mentais: Pessoas com depressão, transtorno bipolar, transtornos relacionados ao uso de drogas (álcool, maconha, crack e cocaína, entre outros), esquizofrenia e transtorno de personalidade fazem parte do grupo de risco. Praticamente todas as pessoas que cometeram suicídio apresentavam pelo menos um transtorno psiquiátrico, você sabia?Histórico pessoal: Indivíduos que já tentaram o suicídio têm de cinco a seis vezes mais chances de tentar novamente.
Ideação suicida: comentários que demonstrem desespero, desesperança e desamparo podem ser sinais de alerta, como “eu desejaria não ter nascido”, “eu preferia estar morto”.
Fatores estressantes crônicos e recentes: eventos como separação conjugal, migração ou perda de uma pessoa próxima, além de falência ou perda de emprego, estão associados ao surgimento de pensamentos suicidas.
Organizar detalhes e fazer despedidas: mensagens de despedida (bilhetes ou recados nas mídias sociais), cartaz, testamentos, doação de posses importantes e acúmulo de comprimidos são alguns comportamentos de ‘despedida’ que merecem atenção. Até mesmo ligações incomuns a parentes ou amigos dizendo adeus, como se não fosse vê-los outra vez.
Meios acessíveis para suicidar-se: acesso a armas de fogo, locais elevados e medicação em grande quantidade aumentam as chances de uma eventual tentativa.
Impulsividade: por mais que seja planejado, o suicídio sempre parte de um impulso transitório com duração de alguns ou horas e pode estar presente particularmente em jovens e adolescentes.
Eventos adversos na infância e na adolescência: ter sofrido maus tratos e abuso físico, sexual ou psicológico na infância, apresentar abuso ou dependência de substâncias ilícitas ou lícitas e falta de apoio social estão associados aos risco em potencial.
Motivos aparentes ou ocultos: comentários do tipo ‘acabar com a dor’, ‘encontrar descanso’ e ‘terminar com a infelicidade’ são alguns comentários que servem como sinal de alerta.
Presença de outras doenças: doenças crônicas ou em fase terminal são fatores de risco para o suicídio. Portanto, pacientes com estas características devem ter atenção especial à sua saúde mental.
Quer saber mais sobre o Setembro Amarelo? Acesse o site da campanha https://www.setembroamarelo.com/