No dia 29 de setembro, a Justiça do Rio determinou que a Petrobras, vítima de corrupção, receba dinheiro repatriado ao Brasil de contas na Suíça controladas por Julio Faerman, ex-representante da empresa holandesa SBM Offshore no país. O depósito será no valor de R$ 145,6 milhões, equivalente a 80% do total repatriado. Faerman fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro e é acusado de operar propinas em contratos da companhia desde 1997.
O juiz Vitor Barbosa Valpuesta, da 3ª Vara Federal Criminal, atestou a condição de vítima da companhia e afirmou na decisão que Faerman reconhece que o dinheiro foi obtido através “de atividades criminosas”. As investigações começaram antes da Operação Lava-Jato e a Petrobras é assistente de acusação no processo. Segundo a denúncia, entre 1997 e 2012 houve desvios em contratos de aluguel de navios-plataforma.
A decisão deve ser publicada no Diário Oficial nos próximos dias. Além do montante anunciado hoje, a Petrobras já recuperou, por vias judiciais, R$ 309 milhões desviados nos casos de corrupção.
Fonte: Agência Petrobras