A Petrobras anunciou no dia 20 de setembro o Plano Estratégico para o período de 2017 a 2021 com dois indicadores principais, a Taxa de Acidentados Registráveis (TAR) e a meta financeira até 2018. A TAR é o indicador da indústria que mede todos os tipos de acidentes e incidentes ocorridos e que deve ser reduzida dos 2,2 por milhão de homens hora em operações da companhia em 2015 para 1,4 em dois anos, chegando a 1 em 2021. No caso da meta financeira estabelece que a dívida líquida da empresa seja equivalente a 2,5 vezes a sua geração de caixa em 2018. De acordo com o balanço anual de 2015, esse índice alcançava 5,3 vezes.
Ao definir essas duas métricas prioritárias na sua gestão, a Petrobras busca garantir avanços significativos nos indicadores de segurança ao mesmo tempo em que acelera a recuperação financeira no menor prazo possível. O objetivo da estatal é estar, nos próximos dois anos, concentrada na recuperação da solidez financeira como empresa integrada de energia com foco em óleo e gás. De acordo com o planejamento, a expectativa é que, nos próximos cinco anos, a empresa já tenha alcançado padrões de governança e ética inquestionáveis para sustentar uma produção crescente e realista e com capacidade de investir e se posicionar nos processos de transição pelos quais passa o mercado de energia no mundo.
Já a melhoria nos indicadores de acidentes exigirá uma mudança cultural e de foco nas ações de segurança. Para isso, será lançado o programa Compromisso pela Vida, que terá envolvimento direto das lideranças e terá como base um reforço de segurança de processos baseados em risco para garantir a integridade das instalações e sistemas da companhia, assim como um sistema de conseqüências para desvios de padrões e ações integradas.
Para que as metas sejam cumpridas serão adotadas novas ferramentas de gestão e gerenciamento de custos, especialmente o Orçamento Base Zero (OBZ). Por meio deste instrumento, os gastos da empresa serão revistos, mantendo as despesas consideradas essenciais para o negócio e evitando cortes lineares que prejudicam a operação. A estimativa do Plano Estratégico é de reduzir em torno de 18% em relação à primeira estimativa para esses gastos no período de 2017-2021. Essas despesas totalizam R$ 126 bilhões e o corte representará aproximadamente R$ 27 bilhões.
Leia aqui o artigo completo na íntegra divulgado pela Agência Petrobras.