O futuro da AMS Petrobras foi tema de conversa online

A AMS está preparando uma série de mudanças de gestão do plano de saúde. Para divulgar e esclarecer dúvidas dos participantes, a AMS deu início a uma série de bate-papos virtuais. Em 5 de junho, o gerente executivo de Recursos Humanos da Petrobras, Cláudio da Costa, conversou com mais de mil aposentados e pensionistas da companhia por meio da plataforma Teams.

Após uma breve apresentação sobre o novo modelo de gestão e o processo de transição em curso, Cláudio respondeu às questões mais frequentes dentre as mais de 600 perguntas enviadas via chat pelos participantes. O evento foi moderado pela gerente de Relacionamento e Conteúdo da AMS, Cristiana Guerra.

Assista a conversa online aqui

Veja, abaixo, os principais temas abordados durante o bate-papo, que foram publicados no portal da AMS:

A AMS Petrobras vai ser privatizada?
Não há nenhuma indicação de privatização da Petrobras e, portanto, da AMS. O novo modelo de gestão será o de uma Associação sem Fins Lucrativos, especializada em saúde suplementar, regulada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e alinhada às práticas mais eficientes e sustentáveis do mercado. Nosso compromisso é promover eficiência, aprimorar o serviço prestado e reduzir custos.

O benefício vai mudar?
Não, não haverá nenhuma mudança no benefício de saúde ofertado pela Companhia em decorrência da mudança no modelo de gestão. É importante ficar claro que o benefício de saúde é definido pela Petrobras a partir das negociações do ACT com as entidades sindicais. Teremos uma Associação que será responsável pela gestão do benefício pactuado, ou seja, a operacionalização no dia a dia.

Por que não permanecer na área de Recursos Humanos da Petrobras?
O time que atualmente conduz a operação plano de saúde, formado por equipe própria da Petrobras e profissionais terceirizados, enfrenta dificuldades diárias para fazer a gestão do plano de saúde, porque a tecnologia e os processos disponíveis na companhia não são mais compatíveis ao tamanho e à complexidade da AMS. São verdadeiros guerreiros. Nós reconhecemos e agradecemos o excelente trabalho que desempenham mesmo com todas as limitações impostas. A nova associação trará, para o nosso plano de saúde, profissionais de mercado especializados em saúde suplementar, tecnologias de ponta e instrumentos mais robustos de compliance. Parte da equipe atual da AMS permanecerá na associação; outra parte será absorvida pela companhia, de acordo com seus talentos e oportunidades de mobilidade interna.

Por que uma associação e não uma fundação?
Os modelos de associação e fundação são muito similares. Estudos financeiros, jurídicos e tributários realizados pela Petrobras indicam que o melhor modelo para gestão do plano de saúde é o de uma associação sem fins lucrativos. O modelo de associação é mais flexível e permitirá mais eficiência na administração do plano de saúde, com maior segurança jurídica e sempre seguindo as regras de governança da Petrobras e a regulação da ANS. A decisão está alinhada às melhores práticas de mercado, conforme experiências consolidadas de outros planos de saúde que atuam em autogestão.

Qual a participação dos sindicatos nesse processo?
O modelo de gestão do plano de saúde é uma decisão exclusiva da Petrobras, decorrente do seu poder diretivo. Em respeito ao pilar da transparência com que vem sendo tocado esse processo, nós já nos reunimos com as entidades sindicais e discutimos detalhadamente o projeto da Associação, tirando todas as dúvidas dos dirigentes sindicais. Conforme previsto no nosso ACT, já temos uma comissão permanente com os sindicatos para discutir as questões relativas à AMS.

Os beneficiários terão alguma participação na Associação?
Sim. A Associação possuirá um Conselho Deliberativo e um Conselho Fiscal e os beneficiários terão representantes eleitos em cada um desses conselhos. Assim, o modelo da Associação possibilitará uma participação ativa dos beneficiários na gestão do plano, representando um importante avanço do modelo atual.

Quais as implicações do novo modelo de gestão para beneficiários do plano AMS 28, usuários do Benefício Farmácia e demais programas complementares, como o Auxílio Cuidador de Idoso?
Nenhum aspecto da cobertura e da abrangência do plano de saúde será alterado, incluindo todas as modalidades do benefício e os programas complementares. A mudança em curso é relativa apenas ao modelo de gestão. A associação será o braço operacional do plano de saúde, mas a governança do benefício permanecerá sob responsabilidade da área de Recursos Humanos da Petrobras. Qualquer modificação no escopo do plano de saúde depende de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), por meio de negociação com as entidades sindicais. O mesmo vale para os empregados que aderiram aos Planos de Desligamento Voluntário (PDV): todas as regras contratualizadas serão mantidas.

O plano de saúde ficará mais caro?
A mensalidade do plano de saúde é calculada a partir do gasto com a sinistralidade, dividido entre a Petrobras (70%) e beneficiários (30%). De acordo com regulação da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR), até janeiro de 2022 essa proporção terá que ser 50% – 50%. Essa mudança na relação de custeio não tem relação com a criação da associação. Independe do modelo de gestão, todas as empresas estatais estão obrigadas a implantar a paridade de custos, visando o equilíbrio na participação do custeio com saúde. Se o gasto com sinistralidade não for reduzido, o valor da mensalidade será, sim, impactado por esse ajuste. O novo modelo de gestão do plano de saúde prevê a redução de custos administrativos e dos gastos com sinistralidade.

Como será possível reduzir os custos?
Em 2019, o custo administrativo da AMS Petrobras foi da ordem de R$ 200 milhões, duas vezes superior ao de empresas comparáveis. O gasto com sinistralidade, por sua vez, atingiu a marca de R$ 3 bilhões. Com o novo modelo de gestão, a expectativa é reduzir as despesas administrativas em 50% e o peso da sinistralidade em, pelo menos, 20%. Considerando apenas a previsão da sinistralidade, deixaremos de gastar R$ 600 milhões por ano, gerando uma economia de R$ 6 bilhões em 10 anos. As estratégias para isso passam pela profissionalização da gestão e a adoção das melhores práticas de mercado, com a incorporação de novas tecnologias, o incremento dos instrumentos de controle e uma estrutura de auditoria dedicada. Vamos trabalhar de maneira mais eficiente, com controle mais efetivo para evitar fraudes e desperdícios e melhorar nossa negociação com a rede credenciada, reduzindo custos, sem abrir mão da qualidade.

Como ficará a rede credenciada?
A ANS impõe, a todos os planos de saúde, uma série de regras para composição de rede credenciada. Além dessas normas regulatórias, a Petrobras define critérios específicos para a AMS por meio de seus órgãos deliberativos. Essa dinâmica, bem como toda a governança do benefício, permanece a cargo da Petrobras. Nosso objetivo, independentemente do modelo de gestão, é a melhoria contínua da experiência dos beneficiários. Ampliar e aprimorar a rede credenciada é nossa prioridade. Com a nova associação, será possível implementar tecnologias, processos de auditoria e estratégias de negociação para este fim.

Quando a nova associação assumirá a gestão do plano de saúde?
O novo modelo de gestão foi aprovado em abril pela alta administração da Petrobras. Desde então, teve início o processo de transição que está sendo conduzido com todo cuidado e transparência por uma equipe multidisciplinar formada por especialistas de diferentes áreas da companhia. Neste momento, estamos construindo a estrutura da associação: desenho organizacional, regras de governança, instrumentos para compliance, métodos de auditoria, normas fiscais, dentre outros aspectos. O plano de transição será submetido à aprovação da alta administração da Petrobras no final de julho. Ao fim de 2020, a associação ganhará corpo, com a definição de equipes, contratação de profissionais de mercado com expertise em saúde suplementar, composição de Conselhos Deliberativo e Fiscal, com a representação de beneficiários. Nos primeiros meses, a gestão do plano de saúde será feita de forma conjunta entre a nova associação e área de Recursos Humanos da Petrobras. A partir de 2021, esta função será executada integralmente pela associação.

Fique atento porque, em breve, a AMS fará novos encontros virtuais.