A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) realizou um estudo em 2015 que apontou que 51% dos homens nunca consultaram um urologista. O câncer de próstata é uma das doenças mais prevalentes nos homens e tem estimativa de 69 mil novos casos ao ano, ou seja, 7,8 novos casos a cada hora. A doença não tem prevenção, no entanto, seu diagnóstico precoce é essencial para o tratamento curativo. E é dando continuidade à série de matérias referentes à campanha Novembro Azul, mês da Saúde Integral do Homem, que o site da AMBEP traz o câncer da próstata como tema.
Dentre os óbitos corridos por câncer, o câncer de próstata é a segunda causa de morte na população masculina no Brasil (a cada 100 mil homens, 14 morreram pela doença em 2012). Vale ressaltar que há diferença na mortalidade entre grupos etários: enquanto nos jovens e adultos entre 20 e 59 anos representou o 13º tipo de câncer que mais matou homens, entre idosos foi o primeiro, sendo que cerca de 90% dos óbitos pela doença ocorreram em homens com mais de 65 anos.
O câncer de próstata pode ser diagnosticado por meio de exame físico (toque retal) e laboratorial (dosagem do PSA). Caso sejam constatados aumento da glândula ou PSA alterado, deve ser realizada uma biópsia para averiguar a presença de um tumor e se ele é maligno. Se for, o paciente precisa ser submetido a outros exames laboratoriais para se determinar seu tamanho e a presença ou não de metástases.
Fatores de risco:
Idade (cerca de 62% dos casos são de homens a partir dos 65 anos)
Histórico familiar
Raça (maior incidência entre os negros)
Alimentação inadequada, à base de gordura animal e deficiente em frutas, verduras, legumes e grãos
Sedentarismo
Obesidade
Sintomas (só aparecem nos casos avançados):
Vontade de urinar com urgência
Dificuldade para urinar
Levantar-se várias vezes à noite para ir ao banheiro
Dor óssea
Queda do estado geral
Insuficiência renal
Dores fortes no corpo
Tratamento:
O tratamento depende do tamanho e da classificação do tumor, assim como da idade do paciente e pode incluir prostatectomia radical (remoção cirúrgica da próstata), radioterapia, hormonoterapia e uso de medicamentos. Para os pacientes idosos com tumor de evolução lenta o acompanhamento clínico menos invasivo é uma opção que deve ser considerada.