Implantes dentários: qualidade na mastigação

Suportes de titânios que substituem as raízes dentárias nos ossos maxilares e se conectam às coroas protéticas, os implantes são alternativas eficazes e seguras para quem precisa suprir dentes perdidos. De acordo com Adriana Fernandes Dória, dentista especialista em implantodontia e perita da Petrobras, os implantes são muito indicados em casos de perdas unitárias. “Antes, para substituir um único dente, o paciente precisava usar dois dentes naturais como pilares para colocar uma ponte. Hoje, com o implante, é possível substituir esse dente sem mexer nos demais”, explica.

Muito promissor, o tratamento também pode ser utilizado em grandes reabilitações dentárias. “O paciente que tem menos dentes ou faz uso de dentadura perde bruscamente a força da mordida. Então, quando colocamos implantes nos ossos maxilares e parafusamos uma prótese neles, mesmo que seja inteiriça, o paciente dobra sua força de mordida, ganhando qualidade na mastigação e, consequentemente, melhor digestão”, informa a dentista. Segundo Adriana, em pacientes que possuem pouco osso remanescente, é preciso aplicar um enxerto ósseo primeiro. Somente após a cicatrização do osso podem ser colocados implantes na região.

Existem contraindicações?

Adriana explica que, de maneira geral, os implantes têm poucas contraindicações. “Orientamos que não sejam feitos por pessoas com menos de 18 anos, pois é preciso aguardar o término do crescimento facial para fazermos implantes. Com os idosos, os cuidados recaem sobre possíveis doenças sistêmicas que eles possam ter. Mas se eles têm boa saúde, não há com o que se preocupar”, destaca a dentista, que completa: “Gestantes não podem fazer tratamentos odontológicos que exigem anestesia local. Já pacientes com câncer devem aguardar a alta médica para fazer implantes e pessoas que sofrem com osteoporose precisam de acompanhamento médico, pois, para fazer o implante, é necessário suspender a medicação”.

Preparo para o implante

O primeiro passo para se fazer implantes é escolher um profissional de confiança para analisar o caso e explicar como funciona o processo do implante. “Após a primeira avaliação, o dentista traçará, junto com o paciente, um planejamento específico e solicitará exames laboratoriais e uma tomografia odontológica. Para pacientes idosos, pedimos ainda risco cirúrgico feito por um cardiologista. Somente após a realização de todos esses exames damos início ao tratamento”, ressalta Adriana.

Cuidados pós-implante

Após a colocação dos implantes, alguns cuidados devem ser seguidos à risca para evitar possíveis problemas. “É preciso ter repouso relativo e evitar alimentos muito duros, gordurosos e farináceas até as coroas protéticas serem colocadas. A higiene também é importantíssima, por isso sempre indicamos produtos específicos para a limpeza local”, afirma.

Após a colocação das próteses, o cuidado permanece o mesmo. “A escovação e o uso do fio dental são fundamentais para impedir o acúmulo de placas bacterianas. Além disso, é preciso evitar o consumo de alimentos muito duros, pois eles podem danificar as próteses. A visita ao dentista deve ser mantida uma ou duas vezes ao ano”, alerta.

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