Como anda a sua saúde auditiva?

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Quando as pessoas à sua volta começam a chamar sua atenção por conta do volume alto do rádio ou da TV ou porque precisam repetir o que falaram e, muitas vezes, num tom de voz mais alto, está na hora de procurar um bom otorrinolaringologista para avaliar a sua saúde auditiva. Todos nós perdemos nossa audição mais cedo ou mais tarde, o que significa dizer que perda auditiva é uma consequência natural relacionada a idade. Muitas pessoas não sabem, mas a nossa capacidade auditiva piora a partir dos 30 aos 40 anos e a dificuldade avança quando atingimos a faixa etária dos 80 anos.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 16% da população mundial já possui algum grau de surdez. Só no Brasil 5% dos brasileiros possuem algum nível de perda auditiva. Os números impressionam. Atualmente, as pessoas levam, em média, 10 anos para buscar ajudar médica; e a cada 5 pessoas que precisam usar aparelhos auditivos, apenas uma utiliza. Esse descuido pode levar a surdez definitiva.

Um dos sintomas iniciais que merece atenção surge quando o idoso sente dificuldade, por exemplo, em falar ao telefone ou tem a sensação de que não consegue compreender bem as palavras que lhe são ditas. Por isso, ele tem uma enorme dificuldade de manter conversas simples. “O primeiro passo é buscar um profissional da sua confiança para fazer os exames de avaliação. O médico poderá indicar o uso de um aparelho auditivo ou de uma medicação adequada ou, se for o caso, um procedimento cirúrgico”, orienta a fonoaudióloga Deborah Pedrosa, especialista em Audiologia da empresa de aparelhos auditivos Widex.

Confira algumas dicas importantes de prevenção:

  • Assistir TV ou ouvir música com volume até 85dB (Em média, equivale a deixar o volume na metade da escala)
  • Recomenda-se o uso de fones de ouvidos por apenas 1 hora/dia. Quanto maior o volume, menor deve ser o tempo de exposição.
  • Se alguém próximo a você estiver ouvindo o som do seu fone de ouvido, é sinal de que o volume está alto demais.
  • Evitar a compra de fones de ouvidos nos camelôs e sites internacionais para não adquirir aparelhos fora das normas de uso.
  • Os trabalhadores com exposição frequente a ruídos de alta intensidade devem usar abafadores e protetores auriculares.
  • Usar cotonetes com moderação.
  • Beber muita água.
  • Ir ao otorrinolaringologista sempre que sentir dificuldades ou desconfortos.

Vale ressaltar também a importância de se manter a alimentação saudável. “Evitar o consumo excessivo de açúcar, cafeína, gorduras, álcool e tabaco é o primeiro passo. Componentes genéticos e fatores de risco específicos como diabetes, pressão alta, tabagismo e uso excessivo de álcool podem acelerar esse processo de perda auditiva por já terem pré-disposição”, alerta a fonoaudióloga. Portanto, é fundamental ficar atento aos sintomas iniciais e buscar imediatamente um especialista.