Petrobras revê gestão e governança e prevê cortar custos em R$ 1,8 bi ao ano

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A estatal Petrobras informou que seu Conselho de Administração aprovou uma revisão de seu modelo de gestão e governança, em uma reestruturação que inclui, entre outras medidas, fusão de áreas e centralização de atividades, e poderá reduzir custos em R$ 1,8 bilhão por ano, segundo comunicado nesta quinta-feira (28).

A Petrobras afirmou que a revisão ocorre diante da necessidade de alinhamento da petroleira “à nova realidade do setor de óleo e gás” e visa “priorização da rentabilidade e disciplina de capital”, além do fortalecimento da governança.

Segundo organograma divulgado pela Petrobras, deverá haver redução de sete para seis áreas, que serão: Desenvolvimento da Produção e Tecnologia; Exploração e Produção; Refino e Gás Natural; Financeira e Relacionamento com Investidores; Recursos Humanos, SMS e Serviços; e Governança, Risco e Conformidade.

De acordo com a companhia, a reestruturação representará uma redução estimada de “pelo menos 30%” no número de funções gerenciais em áreas não operacionais.

A companhia possui atualmente cerca de 7.500 funções gerenciais aprovadas, das quais 5.300 em áreas não operacionais.

Duas etapas

A primeira fase da reestruturação resultará na redução de 14 funções na alta administração, de acordo com a estatal. Já o total de funções gerenciais ligadas diretamente ao Conselho de Administração, ao presidente e aos diretores será reduzido de 54 para 41.

A segunda fase, prevista para fevereiro, abrangerá as demais funções do corpo gerencial. As nomeações e a alocação de equipes ocorrerão a partir de março.

Responsabilização de gestores

A Petrobras também disse que haverá responsabilização formal de gestores por resultados e decisões, com a criação de seis comitês técnicos estatutários, compostos por gerentes executivos, que analisarão previamente e emitirão recomendações sobre assuntos antes destes serem deliberados pelos diretores da companhia. Comitês e diretores serão corresponsáveis nos processos decisórios.

Para a designação de gerentes executivos, haverá novos critérios de análise de integridade e de capacitação técnica e de gestão. Além disso, caberá ao Conselho de Administração aprovar as nomeações e desligamento para estas funções.

Segundo a Petrobras, as mudanças deverão “fortalecer a governança, através de maior controle e conformidade nos processos e da ampliação dos níveis de responsabilização dos executivos.”

A petroleira também informou que mudanças incluídas no plano que exijam alterações no estatuto social da companhia serão submetidas à aprovação dos acionistas em Assembleia Geral “a ser convocada oportunamente”.

(Fonte: Reuters, por Luciano Costa; edição de Alexandre Caverni, 28/01/2016)