SBM deve assinar acordo com a Controladoria-Geral da União.
Empresa admitiu pagar propina para ex-funcionários da Petrobras.
A empresa holandesa SBM, acusada de pagar propina para conseguir contratos com a Petrobrás, deve devolver R$ 1 bilhão para a estatal brasileira. A indenização faz parte de um acordo que a SBM deve assinar, nos próximos dias, com a Controladoria-Geral da União (CGU).
O acordo de leniência entre a Controladoria-Geral da União e a SBM off Shore está sendo negociado desde março. É o mais avançado entre as empresas citadas na operação Lava Jato.
Em uma reportagem publicada nesta terça-feira (6), o Jornal O Globo afirma que o acordo prevê um ressarcimento de cerca de R$ 1 bilhão à União e que todos os recursos serão destinados para a Petrobras.
O ressarcimento vai ser dividido: uma parte vai ser paga em dinheiro, outra em prestação de serviço. Os percentuais ainda estão sendo negociados. As conversas estão chegando ao fim e a decisão sobre o acordo sai em breve. Na semana passada, a Petrobras informou que vai convidar a SBM e as empresas do grupo holandês a participar novamente de licitações da estatal.
Para isso, conforme o comunicado divulgado pela Petrobras, a SBM terá que concordar em aderir às condições previstas na lei anticorrupção, que estabelece políticas de integridade e transparência administrativas, e assinar o acordo de leniência com a CGU e o Ministério Público Federal.
A SBM fornece equipamentos para exploração de petróleo em alto mar e já reconheceu que pagou propina a ex-funcionários da Petrobras para conseguir contratos com a empresa. A Controladoria-Geral da União negocia acordos de leniência com mais cinco empresas investigadas na Operação Lava Jato. O tipo de acordo prevê a redução das punições para as empresas que cooperem com as investigações sobre esquemas de corrupção.
(Fonte: G1, Gioconda Brasil, 06/10/2015)
