Politização dos Fundos de Pensão

protesto

“Milhares de empregados de empresas estatais que há anos reservam parte de seus salários para assegurar uma aposentadoria mais tranquila estão sendo ou serão chamados em breve a destinar uma fatia maior de sua renda para essa finalidade. Até mesmo aqueles que já gozam dos benefícios terão de abrir mão de parte deles. Estão nessa situação empregados da ativa, aposentados e pensionistas de grandes fundos de previdência privada vinculados a empresas estatais, como a Caixa Econômica Federal, os Correios, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Petrobras. O déficit acumulado por três anos consecutivos pelos fundos de pensão dessas empresas, ou que supere 10% de seus ativos terá que ser coberto com contribuição adicional dos patrocinadores (as estatais) e dos participantes (os empregados). É o que manda a lei.”

 O trecho acima transcrito foi publicado recentemente pelo jornal O Estado de São Paulo.

  Segundo o referido jornal, tais déficits não ocorreram em decorrência de erros de planejamento atuarial e sim “dos malefícios da ingerência política na administração dessas entidades de previdência privada (…), tanto na escolha de seus dirigentes, como, sobretudo no direcionamento de suas aplicações bilionárias.”

Afirma ainda que “Em grande parte, o rombo contabilizado pelos fundos das estatais tem origem em erros de análise de investimentos, em aplicações baseadas nos interesses políticos do governo (…) e que, por isso, não produziram os resultados financeiros esperados – e na má gestão.”

No caso específico da Petros, esta “deverá fechar 2015 com o terceiro déficit anual consecutivo, razão pela qual terá de apresentar em 2016 seu plano de cobertura do rombo.”

 Em 31/07/2015, o déficit da Petros atingiu o valor de R$ 10,75 bilhões*.

Diante do exposto, a AMBEP sente-se no dever de alertar seus Associados, tanto os participantes (na ativa) quanto  os assistidos (aposentados e pensionistas) para a  difícil situação em que se encontra a Petros, resultante da politização e da ingerência governamental sobre os gestores que dirigiram nossa Fundação nos últimos tempos.

(*) Em 31/08/2015, o défict da Petros atingiu o valor de R$ 13,5 bilhões