Janeiro Branco: luto no processo de envelhecimento

Ao longo da vida, todos nós nos deparamos com diferentes perdas, como o fim das relações de trabalho em função da aposentadoria, a morte de amigos e companheiros, a diminuição da locomoção e da acuidade visual e auditiva, entre outras. Essas situações podem desencadear o processo de luto. E é dando continuidade à série de matérias referentes à campanha Janeiro Branco, mês da Saúde Mental, que o site da AMBEP traz o processo de luto na terceira idade como tema.

Segundo o psicólogo britânico, John Bowlby, autor do livro ‘Uma Base Segura’ e criador da ‘Teoria do Apego’, entre outras obras, o processo de luto é dividido em quatro fases:

Fase do entorpecimento: dura de algumas horas a uma semana. É o período em que os sentimentos predominantes são a raiva, a tensão e a apreensão.

Fase do anseio e busca pela figura perdida: caracterizada pelo desânimo intenso, aflição e choros e, ao mesmo tempo, por inquietação, explosões de raiva e insônia no período em que a pessoa começa a vivenciar a realidade da perda.

Fase da desorganização e desespero: tempo de ajuste à perda.

Fase de maior ou menor de reorganização: se houver uma elaboração positiva do luto, inicia-se a aceitação de que a perda é permanente e é o momento de reconstruir a vida.

Cada etapa pode ter a sequência, duração e enfrentamento variável para cada pessoa.

Mas o que pode ajudar a superar o luto?

Diante de grande sofrimento, é importante buscar ajudar para enfrentar esse período e evitar o luto mais complicado. Confira os recursos que podem ajudar nesta superação:

  • Rede de suporte social é fundamental para que o enlutado possa partilhar o sofrimento.
  • Descobrir novos potenciais e reencontrar o sentido da vida.
  • Participar dos Núcleos de Convivência e Universidades Abertas para a Terceira Idade para maior contato com outras pessoas e bem-estar psicológico.
  •  Psicoterapia de luto para aliviar o sofrimento, adaptar-se à nova situação, elevar ou ato-regulação da autoestima; consideração de projetos para o futuro.
  •  Grupos de apoio para enlutados para apoiar e facilitar a elaboração do luto.
  •  Frequentar grupos de religiosidade ou desenvolvimento da espiritualidade.